Uma reunião de coisas acontecem e nos inebriam, nos aproximam da sensação de eternidade.... e no instante seguinte estamos novamente nós, defrotados e afrontados com a pequeniz e a fragilidade do corpo... retornei a um livro... retornei e ele continua provocando-me as mesmas intensidades... falo do escritos que já transcendeu a pontuação, fala de saramago e seu 'evangelhoe segundo jesus cristo', segundo o mártir heróico ocidental que faz-se homem o português deste escritor que me tragou há anos, anos atrás. revivi as imagens da crucificação de josé, e na minha mente acorre de eu me perguntar 'mas onde está escrito que ele se crucificou, onde??? volto à cabeça ao horizonte e respiro as reflexões que me passam sem conseguir traduzí-las em palavras... fecho o livro e, como josé, tenho sonhos e mais sonhos, como se a pró´ria leitura ativasse uma parte do meu cérebro responsável pelo contato com o arquetípico...
nessa manhã, ao chegar ao colégio onde tenho aulas de teatro curriculares (penso, ó deus, quanto foste generoso com estas crianças), chego e há algo no ar.... uma tensão, um choro... um aluno querido, querido que morreu. acidente de carro. acidente de vida. não bastasse acomoção dos professores, as sala de aula estão caladas, um luto ocidental... a perda gravada no rosto...os meninos ganham ar de adultos, tocam por instantes a verdade aterradora da vida... às vezes choram, às vezes calam.... os celulares funcionam, chamam, a internet busca notícias, busca o outro que já não está lá e não mais estará... seu corpo deixa a ausência, talvez jamais sentida por esses adultos-crianças, por esses corpo em trauma... sentem a falta e a vizinhança da morte, a sutileza e fragilidade da continuidade... calam-se porque tocam o conhecimento inexorável da vida, calm-se porque sabem de uma verdade que antes não sabiam ou se encontravam esquecida... calam-se porque a dor profunda deve permanecer inaudita...calam-se porque o conhecimento profundo lhes foi trasmitido e sentem o peso da responsabilidade e rezam para que haja alguma real esperança de que o corpo possa ser superado...
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