sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A experiência de um dezembro cheio...

Ou pontuações costumeiras de um ano que parece não acabar...

2009 é um ano que se despede sem querer ir...Sou dessas que não se fidam muito das percepções das pessoas sobre os anos, e pouco endosso comentários do tipo: Passou rápido! Nossa, que ano difícil! Anos não são pessoas, apesar de seguramente possuírem características particulares... e nem que fossem gente caberiam em classificação universal... Um ano difícil pra mim não significa o mesmo para uma criança indiana, ou para uma garçonete tailandesa. Mas, apesar de toda descrença em unidade de sensação, desabafo uma constatação: esseé um desses anos que não quer se transformar... Particularmente terei saudades de 2009, ou melhor, guardarei com prazer as memórias dascoisas que nesse ano aconteci/me aconteceram... Ou melhor... que ainda estão acontecendo... Dezembro já é e já está para acabar, e eu ainda nem expeimentei a ansiedade das festas, o tempo vago a olhar as luzes, as limpezas de fundo de armário... o ano acaba sem tudo acabado - expectativas, projetos, escritas, idéias e cena, tanta cena....

Foi nesse dezembro agitado que ainda achei (ou melhor, criei) buraco para uma experiência sobre o trabalho de Grotowski coordenada numa oficina por François Kanh. Um trabalho sobre Grotowski sem falar no próprio, um trabalho que estava vivo no propositor e no qual nos debruçamos com muita curiosidade... 01 exercício, apenas 01 exercício em 05 dias de 05 horas de trabalho.... um exercício, e a cada execução uma busca, um mundo de possibilidades, o mar naufragável das percepções objetivas-internas-poéticas...

um mundo de novos mares abertos em pleno dezembro... e pode ser melhor que isso?

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