domingo, 29 de julho de 2007

coisas que nos fazem pensar o PAN...

não me lembro bem como funcionava a cobertura do PAN realizado em outros paises, mas este aqui do rio tem divulgação plena na TV... não sei quem viu, mas um fato occorrido na Ginástica Rítmica me chamou a atenção: a favoritíssima candidata do canadá entre para sua prova individual com fita e, depois de poucos segundos de uma execução perfeita, a fita quebra (se desbrendem do gilete, nome dado áquela varinha que sustenta a fita) e em rede nacional é possível entender o significado da palavra decepção... ela se perde em meio a música, arquibancada, jurados e não acredita no que acabou de acontecer... segura o choro e continua os movimentos...mas é tarde, ela nãopde fazer nada. a técnica da equipe, ao contrário do que seria previdente fazer, não está com um aparelho reserva na arena e a atleta zera sua pontuação... me faz pensar que não dá mesmo pra acreditar que tudo dará sempre certo e que ás vezes é importante deixar algo de reserva pra ser usado...
discussão superficial, aqui temos mais um ítem: alguém viu algum atleta da guiana, guiana francesa ou suriname nas competições? será que alguém conhece alguém que já foi pra um desses países? o que tem lá?

quarta-feira, 25 de julho de 2007

sabe quando vc percebe que entrou na vida adulta... série B

1 - quando vc mora sozinho
2 - quando compara a conta de luz do mês passado com a atual para saber se está conseguindo economizar alguma coisa
3 - quando vai na feira e compra brócolis, abóbora e almeirão e jura que vai cozinhar em casa essa semana
4 - quando vc sabe de coro preço do leite
5 - quando vc abandona os potes de iogurte e besteiras pelo caminho, antes de chegar ao caixa do supermercado.... "não preciso de tudo isso"
6 - quando vc pensa na sua aposentadoria (mesmo que de maneira bastante remota ainda)
7 - quando dirigir de repente te cansa e tudo o que vc quer é andar um pouco a pé... (não tenho carro, então isso raramente acontece comigo).
8 - quando num grupo de adolescentes vc fala sobre o Mun-há, dos Thundercats, e ninguém conhece
9 - quando vc chega em casa e, antes de descansar, recolhe os copos e embalagens espalhados pela casa
10 - quando conhece as marcas de sabão em pó
11 - quando vc olha o seu corpo e percebe que agora tudo será como é, pelo menos por uns bons anos...

segunda-feira, 23 de julho de 2007

vida adulta lado A

sábado foi mais um destes dias em que acordei ás 4h da manhã, olhei a cidade pela varanda e o silêncio que a madrugada guarda me assustou. sensação esquisita essa de solidão que a cidade te reserva. já no período da tarde a notícia triste - a morte do pai de um grande amigo. tudo o que podemos fazer, pensei, é abraçar os vivos, os que ficaram, e desejar-lhes boa caminhada de volta a vida normal... espero que não sofra demais. chego ao cemitério com o coração apertado ...desde a morte de minha avó materna (eu já tinha 21 anos) que a vida ganhou outro significado pra mim. lembro de vê-la assim que os bombeiros chegaram e sua mão cair abandonada ao lado da maca... alí eu entendi que a pessoa que existia nela já não estava mais lá... aquela mão agora era só matéria, quase como um objeto... não, minhavó não estava mais lá...neste ponto senti o que era morte e o que ela provocava àqueles que ficavam... posso mesmo dizer que daquele dia em diante miha vida tomou outro rumo; de certa forma, assumi minhas vontades, procurei novas forças para encarar a vida como minha vó tinha feito, com força. a trsteza a abateu e ela se foi. mas antes, sem saber, me ajudou muito.... quando cheguei ao cemitério e vi, meu amigo, em pé, um tom grave mas muito consciente, entendi que o mesmo se passava com ele. me emocionei ao ver o homem que se formou no corpo daquele cara que já conheço há uns bons 7 anos ou mais e que sempre me ouviu e me aconselhou. suas mãos eram grandes e o pescoço forte e altivo, como quem toma para si a responsabilidade de crescer com os eventos da vida. ele está forte como nunca o vi na vida. estranha essa coisa de entender e não-entender o sentido da morte...

segunda-feira, 16 de julho de 2007

amar, verbo ridiculo...


A primeira vez que eu fui para Jandira foi em julho de 2006. Depois de um longo caminho (de são bernardo a jandira passam-se cerca de 2h30)cheguei a uma casa de tijolos, antiga olaria, hoje única casa de cultura do município. Lá, a chance de desenvolver um trabalho com jovens e adultos interessados nos caminhos artísticos do corpo e prontos a executar qualquer lição de casa (por mais absurda que ela parecesse). Deste encontro nasceu o grupo “Ísquios por ísquios”, coordenado por mim, mas mantido pela vontade de cerca de 10, ás vezes 15 pessoas.Estivemos juntos por um ano e fomos parceiros de criação, emprestando de Ítalo Calvino algumas idéias e do amor a inspiração para o último trabalho. Despedidas só são tristes se não apresentam chance; do contrário são apenas um recomeço. Passei a bola... dia 14 de julho cumpri oficialmente meu último dia como arte-educadora da cidade. Foi adorável o tempo que passei ali e, o que me pede pra passar adiante é o próprio tempo que neste ano custou a durar nas 2h30 até lá... necessidades da vida, saudade pra alma. Esses meninos, meninas, homens, mulheres estão plenamente envolvidos pela vontade artística de fazer e é lindo guardar a imagem deles assim...

quinta-feira, 12 de julho de 2007

ARTE?

Copiei de novo este texto, desta vez do blog do maurício (também presente aí nos links ao lado).... a gente não tem que ser original, não é mesmo???


Numa experiência inédita, Joshua Bell, um dos mais famosos violinistasdo Mundo, tocou incógnito durante 45 minutos, numa estação de metrô deWashington, de manhã, na hora do rush, despertando pouca ou nenhumaatenção. A iniciativa foi do jornal "Washington Post", com a idéia de lançarum debate sobre arte, beleza e contextos.Ninguém reparou também que o violinista tocava com um Stradivarius de1713 - que vale 3,5 milhões de dólares. Três dias antes, Bell tinhatocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam 100dólares.Ali na estação de metrô foi ostensivamente ignorado pela maioria, à exceçãodas crianças, que, inevitavelmente, paravam para escutar Bell...Segundo o jornal, isto é um sinal de que todos nascemos com poesia e esta édepois, lentamente, sufocada dentro de todos nós."Foi estranho ser ignorado" disse Bell, que é uma espécie de 'sex symbol' damúsica clássica, vestido de jeans, t-shirt e boné de basebol, interpretou"Chaconne", de Bach, que é, na sua opinião, "uma das maiores peças musicaisde sempre, mas também um dos grandes sucessos da história".Executou ainda "Ave Maria", de Schubert, e "Estrellita", de Manuel Ponce -mas a indiferença foi quase total.Esse fato, aparentemente, não impressionou os usuários do metrô."Foi uma sensação muito estranha ver que as pessoas me ignoravam",disse Bell, habituado ao aplauso."Num concerto, fico irritado se alguém tosse ou se um celular toca.Mas no metrô as minhas expectativas diminuíram. Fiquei agradecidopelo mínimo reconhecimento, mesmo um simples olhar", acrescentou.Diretor da National Gallery, não se surpreende:"A arte tem de estar em contexto". E dá um exemplo:"Se tirarmos uma pintura famosa de um museu e a colocarmos num restaurante,ninguém a notará".Publico a estória e destaco dois trechos:"(...) Num concerto, fico irritado se alguém tosse ou se um celular toca.Mas no metrô as minhas expectativas diminuíram. Fiquei agradecidopelo mínimo reconhecimento, mesmo um simples olhar(...)""(...)Se tirarmos uma pintura famosa de um museu e a colocarmos num restaurante,ninguém a notará(...)"E aproveito pre perguntar: pra que serve a arte mesmo?

quinta-feira, 5 de julho de 2007

e nem deu tempo de respirar...

Começou (aliás, começaram) nesta última terça as oficinas Texto, jogo e cena, lá na câmara de cultura. Será um processo intensivo (2h30 por dia, 03 dias por semana, 04 semanas).As pessoas são fantásticas; têm experiências das mais diversas em teatro, ou não... O dia-a-dia da oficina será publicado em dois blogs, um da turma da tarde, outro da turma da noite. Os endereços estão ali nos links (OFICINA...........).A cada encontro, duas pessoas ficarão responsáveis por escrever o 'protocolo' daquele encontro. A experência promete.....

quarta-feira, 4 de julho de 2007

filhos...

ESSA POSTAGEM EU ROUBEI DO BLOG DE UMA AMIGA (ELA ESTÁ NOS LINKS - BLOG Daniela).
Valeu Dani


Há alguns meses, Emely Nobis, redatora da revista feminista Opzij, lançou o livro “Geen Kinderen, geen bezwaar” (não ter filhos não é um inconveniente), no qual ela entrevistou mulheres que nunca ouviram o tiquetaquear do relógio biológico.
Para a maioria das mulheres, o conhecido relógio biológico começa dar sinal de vida quando elas chegam aos 30 anos e não são mães.
Uma pesquisa internacional divulgada no jornal NRC Handelsblad recentemente traçou o perfil da mulher que não tem filhos: ‘normalmente, possui altos níveis de educação formal, são pouco tradicionais e anseiam liberdade e independência’.
PreconceitosNo entanto, ainda que para tais mulheres essa opção seja clara, até a ‘dita’ emancipada sociedade holandesa não está totalmente preparada para aceitar o fato de que existem mulheres para as quais crianças não fazem parte dos planos delas.
As mulheres entrevistadas por Nobis já ouviram de outras pessoas que elas não tinham filhos por serem frustradas sexualmente, solitárias, egoístas ou que não eram mulheres de verdade, enfim julgamentos que não condizem com a livre escolha delas.
De fato, os valores tradicionais estão bastante arraigados na cultura tradicional mundial. Ouvi outro dia uma entrevista com Minneke Schipper, autora do livro Never marry a woman with big feet, uma coletânea dos provérbios e ditos populares sobre mulheres, recolhidos por ela mundo a fora. Na maioria deles, a figura da mãe é glorificada. As demais figuras do sexo feminino que escolhem outras vias de felicidade, são discriminadas.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

vamos falar sobre coisas invisíveis...

Sábado... eita dia em que os ânimos mudam! a marechal deodora (SBC) está cheia, o som do Ponto Frio bem alto e no meio da tarde um grupo de pessoas se reúne para relembrar e aquecer. de pés descalços e roupas coloridas (mas bem combinadas) os participantes da oficina Canto, a voz da canção brasileira ou OFICINA ALQUIMUSICAL transitam pelo espaço da câmara de cultura. 18h o início oficial: uuuuuuuuuu....... "então veeeeem... me leva! me leva! me leva!" a voz ocupa o espaço e vibra no corpo dos espectadores. os cantores convidam com o som e o gesto (e olhar e presença e disponibilidade) cada pessoa do público a entrar e avisam: "Se a felicidade atacar, não tenha medo!". As pessoas, agora sentadas ouvem "se você viajar" de chico césar, "canção da partida", e ouvem, e ouvem, e além do ouvir sentem. sinto o grupo extremamente envolvido com o que faz, numa energia que contamina e emociona quem não não consegue ficar apenas observando. Passam-se 20 minutos preenchidos, acolhido por um público que soube ouvir. Saímos todos do 'palco' satisfeitos com o que construímos, com o quanto nos entregamos.... 03 meses de ensaios e exercícios, e práticas e técnicas e de grupo.... não sei se o talento existe, mas o prazer do momento presente, este sim!