sexta-feira, 31 de julho de 2009

A gripe suína ou uma avaliação dos afetos...

Taí... acho que a tanto tempo não me comovo por uma epidemia. Alardes e exageros a parte, não estou acostumada a uma gripe que modifique tanto as estruturascomportamentais quanto esta gripe A- ou, carinhosamente apelidada, gripe do porquinho. Não sou comumente alarmista, mas este vírus está causando uma revolução comportamental tão alastrada quanto foi aquela sexual depois do HIV, mesmo que esta revolução seja temporária.
Afinal, não é de espantar que, devido aos meios de propagação da doença, a famosa 'paz de cristo' católica tenha perdido vez! Agora nem dar a mão para o irmão pode! Beijinho no rosto e abraço em conhecido ainda acontecem, mas não é recomendado.... o vírus se propaga no contato....
E esta se faz uma bela oportunidade.... quais os afetos que mantemos.... Neste momento em que a gripe nos faz pensar, somos capazes de definir quantas pessoas abraçamos por dia? Ou os famosos beijinhos.... Não é fantástico sair do lugar comum para perceber as cotidianeidades sobre um ponto de vista aumentado?

E para quem espirrar.... SAÙDE!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

um pulo no RIO

Mais do que o tempo entre uma postagem e outra.... demorei todos os somados anos de minha vida para decidir ir ao Rio de Jneiro pela primeira vez. E quem precisa de iPOD nas ruas cariocas? As esquinas históricas são preenchidas pelo samba classe a, b e c... Dá pra fazer roda de samba quadradada, redonda e espalhada! E não bastasse o molejo da cidade instrumentista, cada nome ou pedaço a cidade é uma memória sonora. Andar pelo calçadão da praia e lembrar sem querer de "olha que coisa mais linda, mais cheia de graça....", ou "copacabana, princesinha do mar...", ou ainda "o rio de janeiro continua lindo!". Sem exagero, a cidade é um esplendor! E tem o ritmo da bossa nova e do samba impregnado na arquitetura e no cheiro do mar. Na minha opinião, a areia da praia do Flamengo é o lugar ideal pra cantar "um banquinho, um violão...." olhando pros prédios na direção do centro da cidade, Cristo redentor no alto à esquerda e as árvores do parque Burle Marx à direita. É ali, nesse ângulo privilegiado o berço da Bossa Nova - feliz encotro entre o urbano a natureza o fantástico e mistério do mar.
Porém,não é fácil integrar a sociedade carioca... Pode ser coincidência, mas dentro do círculo de amigos haviam paulistas e estrangeiros, pessoas que moram no rio por paixão...Com os cariocas foi mais difícil socializar.
O Rio não tem mesmo muito a que ver com São Paulo. Fico com a impressão de que no Rio se vive, se respira, se cuida mais do corpo e da mente, se respira o cheiro da orla e se vive 100 anos.... acho que deve ser só impressão... mas o centro, o comércio,o ritmo da cidade que percebi era esse: um centro urbano menos acelerado que São Paulo.
Bem, mas pra lá da sociologia de botequim que acabei de praticar, o Rio é mesmo um paraíso a conhecer... Vá para comer um galeto, tomar um açaí de 2 reais.... Compre garrafa de água no mercado e abra mão da pizza e do pastel (com exceção do pastel feito em Santa Tereza!). Ande de bondinho e coma um bolinho de carne seca no bar do Gomez, beba caipirinha na frente do mar de Copacabana (pague 5 reais no máximo!!!), vá na 6° a noite ver o samba das Escravas de Mauá na praça São Joaquim da Prainha, caminhe preguiçosamente de Ipanema ao Leme e do Leme à Ipanema, vá na Lapa no sábado à noite, tome uma dose da cachaça Coquinho de Parati, sente na calçada e veja o mundo todo passar!